01/02/2021
Esta é uma frase do depoimento da voluntária Fernanda de Souza Silva, a Palhaça Docinho. Agora com 30 anos, mãe da linda Heloísa Antonella de 5 meses e professora de educação infantil, Fernanda teve sua primeira experiência profissional na MBigucci (construtora responsável pelo Big Riso) em 2007, onde conheceu e participou do Big Riso com bastante carinho.
Confira este depoimento emocionante logo abaixo, clicando no player.
Acompanhe outras vivências dos nossos voluntários na aba “Depoimentos”, aqui, no blog do Big Riso.
"A MBigucci foi meu primeiro emprego, com 16 anos, hoje sou professora de educação infantil (o tempo passou tão rápido, risos). Então, sempre tive muito carinho pelo Big Riso. Teve um ano que eu cobria as pessoas que não podiam ir. Cada dia era um dia! Eu amava levar alegria ao ir às visitas. Com o Big Riso, comecei a dar mais valor à vida e a parar de reclamar tanto.
Teve um fato que me marcou muito.
A Roberta, diretora da MBigucci e fundadora do Big Riso, sempre falou que não podemos nos apegar... mas não tem como. E nas visitas sempre que eu ia à Fundação (ambulatório de Oncologia de Oncologia Pediátrica da Faculdade de Medicina do ABC) tinha o Rhian um menino lindo, cheio de vontade de viver, mas não gostava de brincar com os palhaços. E eu, como palhaça, sempre ia lá cutucá-lo. Assim, fui ganhando o sorriso dele e ele foi interagindo comigo. Me surpreendia em cada visita.
Eu nem sabia o que era catéter, ele colocou minha mão em cima. Me partiu o coração. Sempre que eu ia lá na Fundação já procurava por ele. Ele falava que estava doente. Por fim, em uma das visitas, fui ao Hospital Mário Covas. Ele estava internado lá com um tumor na cabeça, na sala de isolamento. Meu coração apertou ao ver ele ali, meus olhos encheram de lágrimas.
Não pude me despedir dele... Fiquei muito sentida.
Um fato marcante também foi quando eu fui na visita com a voluntária Rose Toneto (palhaça Lindinha) .
Ela fazia mágica com a caneta. Até que ela fez a caneta sumir e uma criança, encantada com aquilo, pediu para que a Rose fizesse sumir também a doença dela. A Rose ficou paralisada mas soube contar uma história. Nós quase desabamos.
A mensagem que eu deixo é: ame hoje, sorria, abrace e beije... o amanhã poderá ser tarde demais. Somos passageiros demais para guardarmos mágoas!"
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